Guardanapos - quatro poemas

Capa do livro "Guardanapos",
 de Cristiano Menezes
Criação
o espetáculo dos ensaios
   não cabe nas molduras
    se não transbordar 
     não transforma


Cristiano Ottoni de Menezes, em "Guardanapos". Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, 2014.

§
Fio da meada
O presente sem memória
     é linha partida
     pipa solta no ar
e a estória de quem pegar


Cristiano Ottoni de Menezes, em "Guardanapos". Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, 2014.


§


Nitidez
Para ver melhor 
meus contornos
entre o espelho
   e o papel
escolho escrever


Cristiano Ottoni de Menezes, em "Guardanapos". Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, 2014.

§

Nuances
Os segredos têm a beleza das sombras
   De textura sutil como os casulos
     gestam a surpresa dos voos
       As mentiras são feias
         pegajosas teias
     tecem a escuridão
com que se disfarçam os medos.


Cristiano Ottoni de Menezes, em "Guardanapos". Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, 2014.




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