que me dissesse
com a força do trompete
Um poema que ecoasse
como o som do sax
Que fosse o meu solo
meu sol maior
a brilhar nas consoantes
de todas as notas
nas dissonantes
de cada sílaba
nas vogais
de cada acorde
nos versos das partituras
no som de iluminuras
Um poema
que fosse a minha Nona
minha sintonia cósmica
que se regesse
com varinha mágica
e fizesse dançar as estrelas
na apoteose orgástica
do poema que me dissesse.
- Cristiano Ottoni de Menezes (inédito/2015)
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